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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Madame Bovary


SPOILER FREE

Seguindo o tema do Desafio Literário de livros mencionados em filmes, a bola da vez é o clássico francês Madame Bovary, mencionado no filme Pecados Íntimos. Escrito na segunda metade do século XIX, e considerado um completo escândalo na época por tratar abertamente do adultério, além de conter duras críticas à sociedade em geral (incluindo os clérigos, ofensa ainda maior na época), o livro, na minha humilde opinião, não sobreviveu bem ao tempo.

Apesar da leitura em si não ser chata, o livro é lento e as personagens são absolutamente entediantes. Emma é uma mulher mesquinha e absurdamente superficial, e apenas por ser bonita e ter ares aristocráticos (em comparação com as outras mulheres do seu meio) se acha o último biscoito do pacote e, para piorar, é viciada em luxo, pompa e circunstância. Ela é casada (por vontade própria, veja bem) com um médico do interior que, além de ser completamente desprovido de ambição, prefere uma vida previsível e tranquila. Absolutamente o oposto do que Emma entende que pode vir a ser a "felicidade".

Se isso não fosse o suficiente para ter um livro chato, Emma ainda arruma amantes, e suas escolhas nesse campo são totalmente previsíveis. E o desenrolar desses romances também são previsíveis, e servem para você gostar cada vez menos da personagem principal. Sinceramente, não entendo o porquê do escândalo desse livro, tudo bem que por um lado o fato de mencionar que ela tem amantes e em algumas passagens se diz que ela está nua, não há absolutamente nada de explícito na narrativa (nem descrição dela nua o livro tem), e, por outro lado, da forma como Emma sempre se dá mal e é descrita como uma pessoa horrorosa, não vejo razão para tanto alarde. Afinal, não vejo como alguém poderia querer ser como ela ou ter uma vida como a dela.

Pode ter feito alarde no seu tempo, e até ser considerado um clássico, mas no final das contas é só um livro chato.

Nota 5.

2 comentários:

  1. Bom saber que minha opinião sobre esse livro não é única, li-o em 2009 e não lhe vi graça nenhuma. No entanto, depois que o sorteei, a ganhadora disse que o adorou. Tem gosto pra tudo, não é mesmo?
    Beijos.

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  2. Gostei da resenha. Eu também não vi nada de especial no livro, embora entenda porque ele seja um clássico.

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