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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Retrospectiva 2014

Gente, o final de ano foi tão enrolado que eu ESQUECI de fazer a minha retrospectiva do ano! Vergonha... mas melhor tarde do que nunca! Então, vamos lá!

O ano começou morno, com o último livro da série da Sookie Stackhouse (a que deu origem à serie de TV "True Blood"), "Dead ever after", que apesar de não ser grandes coisas pelo menos não fez a série terminar mal, o que é um grande feito para uma série de 13 livros com excesso de encheção de linguiça.

Depois veio "Fan Fiction 2" da minha amiga Vivian, que deixou o início do ano bem mais leve, com o seu humor maravilhoso, aliás, li outro livro da Vivian esse ano... e espero que em 2015 venha a continuação de Fan Fiction, porque estou curiosa!

Então li "O sultão das rosas", que foi um livro que me decepcionou muito, visto que adorei o trabalho anterior da autora. Eu esperava muito mais.

Ainda em janeiro li também o clássico "O retrato de Dorian Grey", que gostei muito! Aliás, esse ano li muitos clássicos e gostei da maioria deles, pretendo manter o hábito de incluí-los nas minhas leituras, estou me surpreendendo com eles.

Para dar um toque um pouco mais sério, li "Uma história dos povos árabes", que achei tão sensacional que já catei alguns outros livros do autor, Albert Hourani, para ler futuramente. Quem sabe algum não aparece agora em 2015?

E para dar uma corrida no meu desafio de 2014 de ler 52 livros no ano (devidamente superada! Cheguei a 71 livros! Uhu!) ainda abocanhei a série completa de "Vampire Academy" com os seus seis livros (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Não vai virar um clássico, claro, mas é tão melhor que a sua série "irmã" de mais sucesso, "Vampire Diaries", que eu não entendo porque não virou série de TV, ganhando apenas um filmeco bem ruinzinho que não faz jus aos livros.

Fechando janeiro (foi um mês intenso!), li o livro de filosofia "The earth, the gods and the soul", que eu amei de paixão! Gostei tanto dele que o mantenho no meu kindle para consultas e ainda dei um exemplar impresso de presente para um primo meu.

Fevereiro começou com outro clássico, "Northanger abbey" da inglesa Jane Austen. Nunca imaginei que eu fosse virar fã dessa autora (tinha preconceito, confesso...), mas hoje em dia leria qualquer coisa dela sem pestanejar.

Depois, por conta do lançamento no cinema, li "47 ronins", que achei um livro legal, mas o filme... péssimo! Não valeu o ingresso. Se puder escolher fique com o livro.

Então veio o primeiro livro do egípcio Naguib Mahfouz (sou muito fã... não resisto), "The search", que nem é lá das melhoras obras dele, mas valeu a pena! Quem eu quero enganar? Tudo dele vale a pena :-)

Tirei depois da estante um livro que já estava encalhado há alguns anos, "O segredo do anel". Confesso que me surpreendeu positivamente! Já coloquei as duas continuações na minha wish list da Amazon, agora é só aguardar entrar em promoção!

Ainda em fevereiro, me aventurei pela literatura turca e li "A concubina", um livro muito interessante com cartas nunca enviadas de uma concubina apaixonada pelo sultão. Muito poético, e bem menos meloso do que a premissa sugere.

Fechando o mês, devorei a série que fez sucesso no ano passado "Divergente", "Insurgente" e "Allegiant". Muito ruim é um elogio. Não entendo como essas coisas fazem sucesso, sério. A premissa é legal, mas é mais cheio de buraco do que queijo suíço, extremamente mal escrita. E a série vai piorando ao longo dos livros, uma tristeza.

Depois dessa até desanimei e demorei a ler "Miss Buncle's Book" (o Carnaval também não ajudou), que foi uma luz no fim do túnel, com um humor britânico ingênuo e super divertido!

E ainda bem que esse livro foi leve, porque o seguinte, "Descent to the goddess", foi um osso duro de roer... muito interessante, mas extremamente técnico, o que dificulta a leitura por leigos.

Então li o clássico de março, "The jungle book", mais conhecido pela história do menino Mogli, que realmente é a melhor história do livro, que é fofo, mas é um exemplar daqueles clássicos que te desanimam a ler clássicos.

Continuando, peguei uma versão moderna do mundo de Sherlock Holmes com "Good night Mr. Holmes", que basicamente conta a versão da Irene Adler para o conto "A scandal in Bohemia", que foi lido em seguida, claro. Gostei muito da versão da Miss Adler da autora, e já estou com diversos livros dela na lista de espera.

Fechei março com Shakespeare, "Much ado about nothing", que eu amo de paixão, mas nunca tinha lido. Fabuloso, claro.

Abril foi o mês dos livros emprestados, li 3! O primeiro foi "Wolverine", que achei interessantíssimo, uma história em quadrinhos sem desenhos, bem legal. Depois um clássico da ficção científica "Tropas estelares", que me decepcionou um pouco... eu esperava mais. E por fim, um livro brasuca de vampiros, "Os sete", que me surpreendeu muito positivamente, já estou com a continuação emprestada em casa (preciso ler antes que o empréstimo faça aniversário!).

Maio também foi um mês meio parado, foram apenas 3 livros. "O caçador de pipas", que também era emprestado, e que infelizmente achei muito chato. Deve ter feito sucesso só por ser sobre o Afeganistão, que é sempre meio novidade, né? Terras exóticas, outra cultura... enfim, não pretendo ler mais nada do autor. Depois veio mais um livro brasileiro, dessa ver da Fernanda Torres, "Fim", que também me surpreendeu positivamente com uma narrativa em diversos pontos de vista com personagens clássicos do Rio nos anos 60, 70. E fechei o mês com o clássico "O pequeno príncipe", que, confesso, eu nunca tinha lido, e realmente é um clássico por uma boa razão, que livro bonito!

Depois perdi quase um mês inteiro lendo "O museu da inocência", que é um livro foda, mas pesado e de leitura lenta. Daí tive que correr atrás do prejuízo e li "Alice através do espelho", que não chega aos pés do primeiro livro da Alice. Depois devorei os 4 primeiros livros da série spin off de "Vampire Academy" chamada "Bloodlines" (seguido por "The golden lily", "The indigo spell" e "The fiery heart"), que conta a história da alquimista Sidney, que é um personagem muito interessante, mas os livros têm problemas parecidos com a série original, o que é uma pena. De qualquer forma é acima da média, então já vale a pena. E como não podia faltar Amelie Nothomb na minha vida, terminei o mês com "Les combustibles", uma quase fábula fantástica sobre 3 pessoas presas numa biblioteca durante uma guerra, durante a qual precisam decidir que livros queimar para sobreviver a um rigoroso inverno.

Em julho fiz uma maratona, comecei bem leve, com "To all the boys I've loved before", que é uma história bem adolescente, mas bem fofa e sem os excessos de drama tão característicos desse segmento. E depois enfrentei uma tarefa realmente hercúlea: ler todos os volumes de "Les misérables" em um mês! Detalhe: em francês. Vini, vidi, vici! Gostei, mas vou pensar duas vezes antes de ler mais alguma coisa do Victor Hugo... haja reminiscências! Pelo menos valeu por 5 livros.

Agosto também foi um mês de sagas, comecei com o livro que havia acabado de lançar da série "Bloodlines", que eu já havia lido em junho, "Silver shadows", que não é o melhor da série ou da autora, mas que não foi ruim o suficiente para me fazer desistir. Estou no aguardo do sexto livro. Depois peguei "As brumas de Avalon", que me consumiu muito mais tempo que eu esperava nos seus 4 volumes, só terminei de ler em setembro! Foi uma releitura, coisa que fazia tempo que eu não fazia, mas gostei da experiência.

Ainda em setembro consegui ler "The voice of Egypt", um estudo muito interessante sobre como e porquê a cantora egípcia Oum Kalthoum continuou famosa mesmo 30 anos após a sua morte. Para aficionados por música árabe é um prato cheio. Depois li outro clássico da ficção científica, "Ender's game", que virou filme em 2013. Achei muito interessante, os demais livros da série entraram para a fila dos livros para ler. Fechando o mês, peguei mais um livro do Naguib Mahfouz, só porque a pilha que eu tenho dele em casa é enorme. "Respected Sir" me lembrou demais um livro do Saramago, "Todos os nomes", o que é um elogio. Mas é Naguib Mahfouz, não tem erro.

Em outubro resolvi correr atrás do prejuízo e consegui ler 6 livros! O primeiro foi o ótimo "A taste of magic", que me divertiu tanto que resolvi ler a continuação "A stroke of magic", o que foi um erro, desses bem grandes. Tudo o que o primeiro tem de bom e divertido, o segundo tem de chato e de clichês mal utilizados, um horror. Fiquei tão traumatizada que precisei recorrer a Neil Gaiman para curar a ressaca. "Oceano no fim do caminho" é lindo! Achei tão maravilhoso que comprei um de Natal para a minha mãe e outro para uma prima. E com esse ótimo agouro fechei o meu desafio de 52 livros no ano! A partir daí resolvi ver até onde eu conseguia chegar. Peguei então o clássico "Frankenstein", que eu esperava que fosse um terror, mas está muito mais para um dramalhão mexicano, muito chato. Segui com o primeiro livro das "Crônicas de Nárnia", esperando algo mais divertido, só para descobrir que "The magician's nephew" também é chato. Precisei recorrer novamente a Neil Gaiman, com "Coisas frágeis", para melhorar os ânimos. O livro de contos do Gaiman não é melhor que os seus romances, mas deu um caldo.

Em novembro enfiei o pé na jaca e consegui ler 9 livros. Também, era o mês de ler livros pequenos! Comecei com "A desumanização", do Valter Hugo Mãe, um autor português que descobri em 2013 e me apaixonei. Mesmo com um tema extremamente pesado (uma menina que perde a sua irmã gêmea), o livro tem a marca registrada do autor: a beleza poética da sua prosa, coisa linda! Triste toda vida... Tentando me animar um pouco li o segundo livro das "Crônicas de Nárnia", "The lion, the witch and the wardrobe", que só me fez concluir que não devo continuar lendo a série. Em compensação, li "Uma escuridão bonita", do angolano Undjaki, que foi um dos livros mais bonitos que li esse ano. Depois segui com o divertido "Chá-tice" de uma aluna minha, que não é por ser minha aluna não, mas achei o livro excelente. Depois, por conta de um workshop que acabou não acontecendo, li o livro "Música árabe" da Márcia Dib. Eu esperava muito mais do livro, especialmente depois de ter lido sobre a Oum Kalthoum. Peguei então "A invenção das asas", que ganhei no Desafio Literário de 2013 num sorteio, e fiquei pasma, que livro bom! Dei um exemplar de presente de Natal no amigo oculto da família. Ainda na onda dos livros pequenos, achei que era bom pegar logo o segundo volume de "Coisas Frágeis", que infelizmente não é tão bom quanto o primeiro. Então, não resisti e peguei mais um livro do Undjaki para ler, "A bicicleta que tinha bigodes" se passa no mesmo mundo que "uma escuridão" e tem os mesmos personagens, mas por ser uma história mais longa acaba desenvolvendo melhor cada um deles, o que achei muito legal, além de ter um glossário para palavras do português angolano, um charme! Fechando o mês, li o clássico infantil "A fantástica fábrica de chocolates", que é bem infantil mesmo, mas é tão fofo que eu nem liguei. Literatura de qualidade é literatura de qualidade em qualquer gênero.

E finalmente chegou dezembro, e eu tinha aumentado a minha meta para 70 livros, e precisei fazer uma corrida final para chegar lá. Comecei o mês com mais um livro do Naguib Mahfouz, "Wedding song", que é bom, mas não está entre os melhores do autor. Depois li o excelente "Please don't tell my parents that I'm a supervillain" que foi um dos livros mais divertidos que li esse ano. Virei fã do autor e a continuação do livro já está na minha wish list da Amazon (presente de ano novo! Recebi a notificação da Amazon no dia primeiro de janeiro!). Num desespero para cumprir a meta peguei o pequenino "We should all be feminists", que é uma transcrição de uma palestra TEDEx da nigeriana Chimananda Ngozi Adichie. Excelente. Depois li "Love you to death" da minha amiga Vivian, que eu acho que é, até agora, a obra-prima dela. Aí dei azar com "Destined to dance", um romance histórico sobre a bailarina Martha Graham, que mais parece um artigo da wikipedia do que um romance. Não recomendo. Aí voltei a dar sorte! E digo sorte porque foi um livro que comprei na Amazon, numa promoção, sem nunca ter ouvido falar dele ou da autora, mas "The dating detox" ganhou o prêmio de melhor chic lit que li esse ano, com louvor. Eu gargalhei demais com ele. Muito bom! E bem de acordo com o título, finalizei o ano com "Boa noite a todos", um livro brasileiro com um certo transtorno de múltipla personalidade: não sabe se é romance, peça ou reportagem. Mas o romance é bem escrito, valeu a pena.

Então fechei o ano com 71 livros lidos! Meta cumprida! Que 2015 seja tão bom quanto! Se não na quantidade, pelo menos na qualidade!


Um comentário:

  1. Parabéns pela meta, na minha retrospectiva resolvi colocar os 10 melhores do ano. Gostei de ler os acertos e erros literários.

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