Pesquisar este blog

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas



SPOILER FREE

Por conta de imprevistos, essa leitura acabou atrasando demais, ela era prevista para ser o segundo livro do mês passado, abril, do tema do Desafio Literário de "livros com títulos longos". Apesar do atraso, consegui terminar a leitura desse clássico americano dos anos 70.

O livro, para variar, não é ficção, é o relato de uma viagem de 17 dias que o autor fez de moto através de diversos estados nos EUA acompanhado do filho. Entremeado no relato ele conta uma "chautauqua" (que se refere a um movimento educacional existente nos EUA nos anos de 1920), onde ele relata o seu passado como professor de escrita inglesa e de estudioso de filosofia, além do desenvolvimento que realizou no seu conceito de "metafísica da qualidade". Ele acaba por relatar também como foi a sua recuperação após um surto psicótico que o levou a ser internado num hospital psiquiátrico, o que é interessante.

Apesar de ser uma leitura bastante instigante, o livro me pareceu muito datado. Ele exala anos 70 e coisas hippie, de forma que eu não curti muito. Mas as passagens sobre filosofia são bem interessantes quando não são maçantes. Pois esse é um dos problemas do texto, achei muito lento e talvez um pouco focado demais no desenvolvimento filosófico da coisa, de forma que a tal viagem é só um pano de fundo que está tão atrás que não diferença, nem muito sentido.

Mas apesar dos problemas, o autor realmente levanta alguns pontos interessantes, que apesar de terem perdido um pouco o frescor, ainda são relevantes nos dias de hoje, de alguma forma. E esses pontos tornam a leitura mais atraente. Fica bastante claro o porquê do sucesso estrondoso que a obra teve, quando do seu lançamento em 1974, mas, pessoalmente, não acho que seja tão relevante hoje em dia.

Depois descobri que o livro possui uma continuação, mas confesso que não me animo em ler.

Para quem curte livros filosóficos é uma leitura incrível, altamente recomendável, assim como para quem curte os anos 70.

Mas, para mim, nota 7,5.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua opinião/crítica/comentário: