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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Retrospectiva Literária 2016



2016 foi um ano cheio de altos e baixos literários, e vou me ater apenas a esses tipos, porque senão precisarei escrever um livro inteiro sobre o assunto.

Foi um ano em que bati a minha meta inicial de 50 livros ainda com folga para aumentar a meta para 60 e batê-la novamente! (pausa para dancinha da vitória)

Foi também um ano de livros muito bons e livros muito ruins... mas vamos ver com um pouco mais de detalhe isso.

JANEIRO

O ano começou o romance água com açúcar "Love, Rosie", que veio para cumprir o tema de "livros escritos em cartas", mas que se revelou uma história absolutamente antiquada, o que me fez questionar como ele virou um best-seller. (é simples na verdade, tem muita gente retrógrada nesse mundo)

Depois veio "As vantagens de ser invisível", ainda no mesmo tema, e que veio para contrabalançar o início do ano, que não poderia ser de todo ruim. O livro, que também virou filme, é sensacional, e indico para todo o mundo. Aliás, vi o filme, e também curti, mas o livro é melhor!


FEVEREIRO

No histórico do blog diz fevereiro, mas a resenha saiu atrasada! O livro "Drácula" foi uma leitura de janeiro, ainda com o tema "livros escritos em cartas", e, na verdade, foi uma releitura extremamente apreciada. Não é a toa que é considerado um clássico.

Em seguida, li o livro "Garota exemplar", que virou filme concorrente ao Oscar de 2015, que, sim, é um excelente livro, mas... poderia ser melhor. O que não me impedirá de ler mais livros da autora.

Depois de ler "um quase Oscar", foi a vez de uma vencedora do Nobel de Literatura, a canadense Alice Munro, com "Dear Life", até porque o tema de fevereiro era um livro ganhador de prêmio! No caso do Nobel, quem ganha o prêmio é o autor, não uma obra em específico, mas isso é só uma tecnicalidade.


MARÇO

O mês de março começou com uma resenha atrasada (que vou culpar no Carnaval sem nem olhar o calendário), do livro "The five stages of Andrew Bradley", que ainda não foi traduzido para o português, o que é simplesmente uma tristeza, porque o livro é simplesmente maravilhoso.

E desde o início de 2016 o problema do Kindle já se fazia presente, o que direcionou as duas leituras seguintes, "Se eu ficar" e "The witch's broom". A primeira é um romance armadilha, que tem uma adaptação razoável para filme, mas, claro, o livro é muito, muito melhor, e que surpreende pela ausência de relacionamentos abusivos sendo retratados como exemplo de romance. O segundo é um livro de coletânea de mitos e histórias relacionadas a vassouras, um tema bem gostoso para seguidores de linhas religiosas pagãs.

ABRIL

Abril foi um mês super produtivo em matéria de leituras! Foram 7 resenhas, sendo que os dois primeiros livros resenhados na verdade foram lidos em março, mas quem liga?

O mês começou com um dos meus autores de infantojuvenil favoritos da atualidade, Richard Roberts (aquele dos livros "Please don't tell my parents I'm a Supervillain"), e que me doem o coração ao pensar que ainda não foram traduzidos para o português... Dessa vez eu li "Wild Children", uma espécie de fábula absolutamente fofa! Depois mudei completamente de ares, com a continuação de "O iluminado", escrita e ambientada mais de 20 anos depois, "Doutor Sono", que foi o ponto alto das leituras de março, de tão maravilhoso.

Para continuar numa onda sensacional de livros bons, peguei o clássico "O velho e o mar", que foi o meu primeiro livro do Hemingway (não julguem), e que eu gostei tanto que faltam palavras para expressar meu amor por esse livro. Seguindo pelos clássicos, peguei um livro da mestre do mistério Agatha Christie, "O inimigo secreto", que, bom, não foi lá grandes coisas. Ninguém é perfeito.

Depois resolvi ler algo simplesmente diferente, pegando um livro da ucraniana Oksana Zabuzhko, "Fieldwork in ukrainian sex", que apesar de ser bem pesado, é tão bem escrito e tão poético que simplesmente vale a leitura e as lágrimas. Já tenho outro livro da autora no meu Kindle, quem sabe ano que vem? Ah, ela também ainda não foi traduzida para o português.

Depois de algo tão denso, eu precisava de algo bobo e leve para desobstruir a cabeça, então peguei a série de tirinhas sobre gatos "How to tell if your cat is plotting to kill you", que é até fofinho, mas infelizmente deixou a desejar, apesar de se encaixar no tema do desafio literário, que era livros com títulos longos. E, por fim, eu estava precisando pesquisar para um trabalho, e peguei o livro maravilhoso da Djamila Henni-Chebra, "Les danses dans le monde arabe", que indico para todos os estudiosos de dança do ventre e outras danças orientais.

MAIO

 Maio já não começou tão bem... "Zen e a arte da manutenção de motocicletas" foi um livro que custei a conseguir ler até o final. Com um ritmo lento e com um tema que eu simplesmente não me identifiquei. Tanto que ao seguir para o tema do mês do desafio literário, que era livros escritos por mulheres, apelei para um chick-lit (já reparou no padrão?) bem bobinho, "Dating the devil", que foi surpreendentemente divertido. E como esse livro foi curtinho, e eu precisava de uma fase mais longa de "detox", emendei com outro chick-lit, "Party girl", que parece ser uma versão de empresas de eventos de "O diabo veste Prada".

Em seguida, comecei a grande saga de livros do ano, com "Trono de Vidro", que simplesmente acabou virando o meu novo padrão para histórias de aventura com protagonistas femininas. Celaena é o máximo e para uma personagem feminina ser realmente sensacional precisa chegar ao nível dela. Isso vai explicar em parte a minha desilusão com a próxima série do ano, aguardem. Ainda em maio, li mais dois livros dessa série, "Coroa da meia noite" e "Herdeira do fogo".


JUNHO

E junho ainda foi continuação da saga, com "Rainha das Sombras", que desde então foi publicado em português! Para o próximo ano, já tenho o livro de contos relacionados com os personagens da saga e estou apenas esperando baixar o preço do volume 5. E se bobear, ainda começo a ler a outra saga da autora.

Depois li um dos livros mais legais sobre criatividade que já vi (não que tenham sido muitos...), "Roube como um artista" me surpreendeu de forma positiva, e depois ouvi opinião de diversas pessoas sobre o livro, todas positivas também. Então, já viu que o livro é sim uma boa indicação.

Ainda na vibe de literatura feminina, peguei "The light of the world", que foi simplesmente o livro mais bonito que li esse ano. E mais um livro que ainda não foi traduzido (acho que o mercado editorial brasileiro anda comendo mosca). E como o livro foi escrito por uma poetiza, terminei com vontade de reacender a leitura de poesias na minha vida (falaremos novamente sobre isso adiante), e por isso segui com "As poesias de Sapho de Lesbos", que me deixou chateada, porque imaginei uma coisa mas o livro era outra.

E como o problema do kindle estava se tornando grave, resolvi matar leituras leves e rápidas, tudo para esvaziar o bichinho, então peguei a saga da minha amiga e escritora Vivian Wolkoff e li todas as seasons de Blood Red, sua nova série sobre vampiros, e ainda em junho li as Season 1 e Season 2.

JULHO

Comecei o mês terminando que já foi publicado da série Blood Red, com as Season 3 e Season 4. E segui com leituras de escritoras mulheres porque sim, com o maravilhoso, sensacional, uma obra prima, "Hibisco Roxo". Mas como esse livro é daquela seara dos livros pesados estilo tapa na cara, acabei por continuar as leituras com a quase novela das 6 "A modern witch".

Depois li uma indicação do blog Coruja em Teto de Zinco Quente, "Alucinadamente feliz" agora está na minha lista de livros para dar de presente para os meus amigos. É bom assim. E agora eu sigo o blog da autora (super vale a pena) e estou doida para conseguir seus outros livros (desde então ela lançou um livro de desenhos que promete ser maravilhoso).

Então, não tive como escapar do tema do desafio literário do mês, que era um livro com números no título, e escolhi um dos meus novos autores favoritos de terror, e filho do mestre King, Joe Hill, com "Nos4a2". Inclusive já tenho mais livros dele no meu kindle, quem sabe lerei outro dele no próximo ano, porque o rapaz está arrasando.

E aí, entrei em outra saga... aquele esquema de esvaziar o kindle, que está se tornando uma tarefa ineficaz pelo visto. Infelizmente dessa vez não dei sorte, "Through the door" é beeeeeem ruim.

AGOSTO

Infelizmente eu tenho a mania de ler livros e sagas ruins até o final, então continuei com a tortura que foi ler as continuações "Into the fire" e "Among the unseen". Absolutamente deprimente.

Tão deprimente que precisei de algo que me levantasse o espírito, e escolhi Terry Pretchett! "Dragons at Crumbling Castle" é um livro de contos delicioso de ler, obrigatório para fãs do autor. Em seguida li um dos livros mais originais desse ano, "The rest of us just live here" é muito bom! Fiquei com vontade ler outros livros do autor e assim que este for traduzido será devidamente distribuído para as crianças da família. E existe esperança nesse sentido, visto que outros livros do Patrick Ness já existem em português.

SETEMBRO

Setembro começou com uma saga curta da Gayle Forman, a mesma autora que eu já havia lido em março, e que apesar de prometer muito no primeiro volume ("Apenas um dia"), deixou a desejar nos seguintes ("Apenas um ano" e "Just one night"), uma pena.

E só então entrei no tema de setembro, livros lançados no ano que você nasceu! E me dei super bem, pois o clássico "A cor púrpura" pertencia a essa lista de livros, e fiquei muito feliz com isso, porque o livro é muito maravilhoso.

Antes de começar o livro seguinte, que supostamente também era desse tema, e que eu só resenhei em outubro, acabei lendo o livro de tirinhas baseadas em citações "Zen Pencils", que apesar de não ter tradução do português, você pode encontrar todo o seu conteúdo no blog do autor.

OUTUBRO

Comecei o mês atrasada na resenha do outro livro que supostamente era do tema de setembro, "Tia Julia e o Escrevinhador", que na verdade não era do tema, uma certa confusão de datas... mas que valeu super a pena a leitura, porque o livro é maravilhoso. Daí entrei numa onda de ler sobre o mundo árabe para o meu novo trabalho, com "The Rise of the Islamic State", do jornalista Patrick Cockburn, que super recomendo para quem conhece pouco sobre o assunto (sim, o livro foi traduzido para o português).

Mas entre uma leitura séria e outra teve a continuação "P.S. I still love you", e o livro tema do mês "Neverwhere" (tema: livro com títulos de uma palavra só), que infelizmente deixaram um pouco a desejar.

Mas aí eu li o livro de outro jornalista, "Robert Fisk on Algeria", que apesar de um pouco repetitivo foi melhor que do Patrick Cockburn. Virei fã do Robert.


NOVEMBRO

E então chegamos a um dos meses em que mais li, porque o tema do mês era livros para ler numa sentada só, e aí, foi uma profusão de livros curtos, entre eles: "Azul é a cor mais quente", "O paraíso são os outros", "Marvels" e "O árabe do futuro". Entrecortado por outros livros, como o outro livro tema de outubro, "Soufflé", que foi maravilhoso, um livro histórico da Wicca, "Aradia - Gospel of the Witches" e, por fim, um livro de poesia que li aos pouquinhos, "Songs of Experience", sensacional, do William Blake (eu disse que voltaríamos ao tema poesia!).

DEZEMBRO

Na verdade, acho que esse foi o mês que mais li... o que não faz o menor sentido, porque foi o mês mais enlouquecido do ano, em que mais fiquei enrolada. Talvez o estresse tenha tido algum papel nisso...

Mas o mês começou com um livro bastante interessante, "A lógica do cisne negro", que me fez procurar outros livros desse autor. Seguido por "O árabe do futuro 2", que simplesmente não consegui deixar de ler (aliás, consegui o terceiro volume em francês, aguardem!), depois veio o fofíssimo "Mary Poppins"! E porque não consigo ficar longe do Egito, li "Friendly Fire", que foi traduzido para o português, super recomendo. E então, terminei mais um livro de poesia, dessa vez "Elegias de Duíno".

E finalmente ataquei o tema do mês, um livro lançado em 2016, onde consegui ler no meu kindle lotado "This is where it ends", um livro muito interessante sobre mass shootings.

Daí, resolvi fazer número, e li a série inteira The lunar Chronicles, que poderia ser muito melhor do que é, com os volumes "Cinder", "Scarlet", "Cress" e "Winter". E porque 2016 não podia terminar bem com as tristes mortes da princesa Leia e sua mãe, acabei lendo uma porcaria, "The Vampire Next Door".

2017

Como só estou publicando isso em 2017 por motivos de doença maior, posso adiantar que o ano começou super bem, apesar do final trágico do ano anterior... aguardem só mais um pouquinho, porque esse ano tá prometendo! Até lá, tem o meu post sobre meu planejamento de leituras aqui.

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